Síndrome do Pânico – Diagnóstico – CID10

Leia nesse artigo os sintomas, a definição clínica, os critérios diagnósticos e o diagnóstico diferencial da Síndrome do Pânico de acordo com a CID10. O manual descreve o quadro como Transtorno de Pânico ou Transtorno de Ansiedade Paroxística Episódica, sendo codificada “F41.0”.

A Síndrome do Pânico se caracteriza por um ou mais episódios de ansiedade em seu grau mais intenso, chamado de crise de pânico.

Os sintomas mais comuns da crise de pânico são tremores, palpitação, taquicardia, aumento de pressão, formigamento e dor no peito. São também muito comuns a sensação de morte iminente ou ainda a sensação de estar enlouquecendo.

Uma crise de pânico tem duração curta, geralmente alguns minutos, mas os sintomas são tão intensos que muitas vezes o paciente procura um PS (Pronto Socorro) por achar que está infartando ou tendo um AVC (“derrame”).

Conheça os sintomas do pânico e a descrição da crise de pânico (também chamada de ataque de pânico) de acordo com a Classificação Internacional de Doenças neste artigo.

Aprofunde seu estudo acessando este link com o texto completo do DSM-5 incluindo os critérios diagnósticos da Síndrome do Pânico.

Síndrome do Pânico – Sintomas

Os aspectos essenciais são ataques recorrentes de ansiedade grave (pânico), os quais não estão restritos a qualquer situação ou conjunto de circunstâncias em particular e que são, portanto, imprevisíveis.

Assim como em outros transtornos de ansiedade, os sintomas dominantes variam de pessoa para pessoa, porém início súbito de palpitações, dor no peito, sensações de choque, tontura e sentimentos de irrealidade (despersonalização ou desrealização) são comuns.

Quase invariavelmente há também um medo secundário de morrer, perder o controle ou ficar louco.

Os ataques individuais usualmente duram apenas minutos, ainda que às vezes sejam mais prolongados; sua frequência e o curso do transtorno são, ambos, muito variáveis.

Um indivíduo em um ataque de pânico frequentemente experimenta um crescendo de medo e sintomas autonômicos, o qual resulta em uma saída, usualmente apressada, de onde quer que ele esteja. Se isso ocorre numa situação específica, tal como em um ônibus ou em uma multidão, o paciente pode subsequentemente evitar aquela situação.

De modo similar, ataques de pânico constantes e imprevisíveis produzem medo de ficar sozinho ou ir a lugares públicos. Um ataque de pânico com frequência é seguido por um medo persistente de ter outro ataque.

Diretrizes diagnósticas da Síndrome do Pânico

Nesta classificação, um ataque de pânico que ocorre em uma situação fóbica estabelecida é considerado como uma expressão da gravidade da fobia, a qual deve ser dada precedência diagnostica.

O Transtorno de pânico deve ser o diagnóstico principal somente na ausência de quaisquer das fobias em F40. —.

Para um diagnóstico definitivo, vários ataques graves de ansiedade autonômica devem ter ocorrido num período de cerca de 1 mês:

(a) em circunstâncias onde não há perigo objetivo;

(b) sem estarem confinados a situações conhecidas ou previsíveis;

(c) com relativa liberdade de sintomas ansiosos entre os ataques (ainda que ansiedade antecipatória seja comum).

Inclui: ataque de pânico

estado de pânico

Diagnóstico diferencial da Síndrome do Pânico

A síndrome do pânico deve ser distinguida de ataque de pânico ocorrendo como parte de transtornos fóbicos estabelecidos, como já ressaltado. Um paciente que sofre de fobia de avião e que tem uma crise de pânico no aeroporto ou dentro do avião, por exemplo, não deve receber o diagnóstico de Síndrome do Pânico, mas de um Transtorno Fóbico, ou de uma Fobia Específica.

Um Ataque de pânico podem ser secundário ao transtorno depressivo, particularmente em homens, e se os critérios para um transtorno depressivo são preenchidos ao mesmo tempo, o transtorno de pânico não deve ser firmado como o diagnóstico principal.