Fuga Dissociativa – F44.1 – CID10
Leia o texto completo da CID10 com a definição clínica e diretrizes diagnósticas da Fuga Dissociativa, um quadro caracterizado por sintomas de amnésia dissociativa (leia aqui) porém com um deslocamento para local distante, geralmente fora dos habituais que o indivíduo frequenta, como se o indivíduo estivesse “fugindo”.
Definição de Fuga dissociativa – F44.1 (CID10)
A fuga dissociativa tem todos os aspectos da amnésia dissociativa, mais uma jornada aparentemente propositada para longe de casa ou do local de trabalho, durante a qual o cuidado consigo mesmo é mantido. Em alguns casos, uma nova identidade pode ser assumida, usualmente apenas por poucos dias, mas às vezes por longos períodos de tempo e em um grau surpreendente de perfeição. Viagens organizadas podem ser para lugares previamente conhecidos e de significação emocional. Embora haja amnésia para o período da fuga, o comportamento do indivíduo durante esse tempo pode parecer completamente normal para observadores independentes.
Diretrizes diagnosticas
Para um diagnóstico definitivo deve haver:
(a) os aspectos da amnésia dissociativa (F44.0);
(b) percurso propositado para além dos limites cotidianos usuais (a diferenciação entre percurso e vaguear deve ser feita por aqueles com conhecimento local);
(c) manutenção dos cuidados básicos consigo mesmo (alimentação, higiene, etc.) e da interação social simples com estranhos (tais como compra de passagens ou gasolina, indagação sobre direções, solicitação de refeições).
Diagnostico diferencial
A diferenciação entre fuga pós-ictal, vista particularmente na epilepsia do lobo temporal, é usualmente clara por causa da história de epilepsia, da falta de eventos ou problemas estressantes e das atividades e percursos menos propositados e mais fragmentados dos epiléticos.
Como em relação à amnésia dissociativa, a diferenciação entre a simulação consciente e uma fuga pode ser muito difícil.