Fobias Específicas – Definição e Diagnóstico – CID10
Leia a definição clínica, critérios diagnósticos e diagnóstico diferencial das Fobias Específicas (ou Fobias Isoladas), código F40.2 de acordo com a CID10. Acesse este link para o texto completo do DSM-5 com os critérios diagnósticos para Fobia Específica.
O que são Fobias Específicas?
Essas são fobias restritas a situações altamente específicas tais como proximidade a determinados animais, altura/trovão, escuridão, voar, espaços fechados, urinar ou evacuar em banheiros públicos, comer certos alimentos, dentistas, visão de sangue ou ferimentos e medo de exposição a doenças específicas. Ainda que a situação desencadeante seja delimitada, o contato com ela pode evocar pânico como na agorafobia ou nas fobias sociais. Fobias específicas usualmente surgem na infância ou cedo na vida adulta e podem persistir por décadas se permanecerem sem tratamento. A seriedade do prejuízo resultante depende de quão fácil é para o paciente evitar a situação fóbica. O medo da situação fóbica tende a não flutuar, em contraste com a agorafobia. Doença por radiação e infecções venéreas e, mais recentemente, AIDS são temas comuns de fobias de doença.
Diretrizes diagnósticas
Todos os critérios seguintes devem ser preenchidos para um diagnóstico definitivo:
(a) os sintomas psicológicos ou autonômicos devem ser manifestações primárias de ansiedade e não secundários a outros sintomas tais como delírio ou pensamento obsessivo;
(b) a ansiedade deve estar restrita à presença do objeto ou situação fóbica determinada;
(c) a situação fóbica é evitada sempre que possível.
Inclui: acrofobia (medo de altura)
fobias de animais
claustrofobia (medo de ambientes fechados)
fobia de exames
fobia simples
Diagnóstico diferencial
É usual não haver outros sintomas psiquiátricos, em contraste com a agorafobia e fobias sociais. Fobias a ferimentos com sangue diferem de outras por levarem à bradicardia e às vezes à sincope, ao invés de taquicardia. Medos de doenças específicas, tais como câncer, doença cardíaca ou infecção venérea, devem ser classificados sob transtorno hipocondríaco (F45.2), a menos que eles se relacionem a situações específicas onde a doença poderia ser adquirida. Se a convicção de doença alcança intensidade delirante, o diagnóstico deve ser transtorno delirante (F22.0). Indivíduos que estão convencidos de que têm uma anormalidade ou desfiguração de uma parte (frequentemente face) ou partes do corpo, a qual não é objetivamente percebida por outros (às vezes denominada dismorfofobia), devem ser classificados sob transtorno hipocondríaco (F45.2) ou transtorno delirante (F22.0), dependendo da força e persistência de sua convicção.